Artigo Publicado na revista Online EsmeraldAzul
16 Maio 2014
A depressão é caraterizada por uma alteração de humor e perda de interesse e prazer pelas atividades do dia-a-dia pelo menos durante duas semanas. Estas alterações têm também um impato a nível físico e psicológico que se poderão expressar em variadíssimos sintomas e que variam de pessoa para pessoa – estes podem incluir má qualidade do sono, insónia, perda de apetite, dificuldades de concentração e memória, cansaço mental, sentimento de desespero, em alguns casos pânico e ansiedade entre outros.
A percentagem de casos de depressão aumenta significativamente todos os anos, assim como a utilização de anti-depressivos para tratar a depressão. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 a depressão será o segundo maior problema de saúde a nível mundial. No nosso país concretamente assistimos a um aumento da depressão em todas as faixas etárias desde o início da crise económica.
Paralelamente, estudos demonstram quanto mais vezes se experienciar episódios de depressão maior será a probabilidade de estes voltarem a ocorrer, mais concretamente, existe uma probabilidade de 70 -80% de haver um replaso para as pessoas que tiveram mais do que um episódio de depressão na vida.
Face esta realidade torna-se cada vez mais imperativo encontrar medidas para prevenir a depressão de ocorrer, tratar as causas que estão por base da depressão quando esta ocorre e fomentar a redução de relapso de depressão para os que já experienciaram episódios das mesmas durante a sua vida.
Os tratamentos medicamentosos contemplam estas estatísticas e os pacientes normalmente são medicados para um tratamento em três fases: fase aguda que se mantém até a depressão passar, fase de continuação até 6 meses após a depressão ter terminado e fase de manutenção até três anos para prevenir o relapso.
A medicação tem resultados durante a fase crítica da depressão porque permite adquirir estabilidade psicológica para conseguir enfrentar o dia-a-dia, no entanto, a medicação anti-depressiva trata apenas os sintomas e deveria ser complementada com processos terapêuticos para o individuo fomentar ferramentas para aprender a lidar com os desafios do dia-a-dia e curar a causa inerente à depressão. Na realidade, o processo terapêutico é perspetivado como uma estratégia mais eficaz para obter resultados a longo-prazo exatamente porque foco é a causa do problema e não os sintomas.
Os protocolos terapêuticos de mindfulness – Mindfulness para Redução de Stress e Desenvolvimento Emocional (Mindfulness-Based Stress Reduction - MBSR) e Mindfulness baseado em Terapia Cognitiva (Mindfulness-Based Cognitive Therapy - MBCT) têm demonstrado excelentes resultados neste âmbito. O MBSR tem sido avaliado cientificamente de uma forma consistente e rigorosa demonstrando resultados muito positivos na redução de sintomas de depressão, assim como stress e ansiedade e o MBCT revela-se muito positivo na prevenção de relapso.
Estudos demonstram que estas alterações estão presentes não apenas a nível sintomático, mas também nível neurológico onde se observam alterações em áreas do cérebro associadas à regulação emocional, atenção, resiliência, emoções positivas entre outros, as quais refletem um “cérebro mindful".
O mindfulness dá-lhe ferramentas para trazer atença plena, curiosidade, gentileza, aceitação, confiança e perseverança perante o que surge em cada momento do seu dia - sem resistência, sem reação – apenas uma curiosidade aberta e receptiva para notar o que está presente na sua experiência. Aprende a lidar com as suas emoções e pensamentos ruminativos associados aos processos de depressão, a ver a verdadeira natureza desses pensamentos sem permitir que estes o afundem em emoções negativos de tristeza e desespero. Ao participar nos programas terapêuticos de MBSR/MBCT ou numa terapia individual baseada no mindfulness e aceitação (também conhecidas como terapias cognitivas comportamentais de terceira geração) vai fomentar uma maior consciência perante a sua vida e mudar a forma como lida com os desafios que surgem – muda para um registo construtivo e adaptativo que lhe permite lidar com flexibilidade perante os momentos de maior exigência emocional e mental.
Mindfulness: um caminho para a felicidade!
Dra. Carla Martins
Ser Integral: Centro de Mindfulness e Psicologia
A depressão é caracterizada por uma alteração de humor e perda de interesse e prazer pelas atividades do dia-a-dia pelo menos durante duas semanas. Estas alterações têm também um impato a nível físico e psicológico que se poderão expressar em variadíssimos sintomas e que variam de pessoa para pessoa – estes podem incluir má qualidade do sono, insónia, perda de apetite, dificuldades de concentração e memória, cansaço mental, sentimento de desespero, em alguns casos pânico e ansiedade entre outros. - See more at:
http://esmeraldazul.com/pt/blog/intervencoes-mindfulness-para-a-depressao/#sthash.q2VBmSVb.dpuf
Intervenções Mindfulness para a Depressão
A depressão é caracterizada por uma alteração de humor e perda de interesse e prazer pelas atividades do dia-a-dia pelo menos durante duas semanas. Estas alterações têm também um impato a nível físico e psicológico que se poderão expressar em variadíssimos sintomas e que variam de pessoa para pessoa – estes podem incluir má qualidade do sono, insónia, perda de apetite, dificuldades de concentração e memória, cansaço mental, sentimento de desespero, em alguns casos pânico e ansiedade entre outros.
A percentagem de casos de depressão aumenta significativamente todos os anos, assim como a utilização de antidepressivos para tratar a depressão. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 a depressão será o segundo maior problema de saúde a nível mundial. No nosso país concretamente assistimos a um aumento da depressão em todas as faixas etárias desde o início da crise económica.
Paralelamente, estudos demonstram quanto mais vezes se experienciar episódios de depressão maior será a probabilidade de estes voltarem a ocorrer, mais concretamente, existe uma probabilidade de 70 -80% de haver um relapso para as pessoas que tiveram mais do que um episódio de depressão na vida.
Face esta realidade torna-se cada vez mais imperativo encontrar medidas para prevenir a depressão de ocorrer, tratar as causas que estão por base da depressão quando esta ocorre e fomentar a redução de relapso de depressão para os que já experienciaram episódios das mesmas durante a sua vida.
Os tratamentos medicamentosos contemplam estas estatísticas e os pacientes normalmente são medicados para um tratamento em três fases: fase aguda que se mantém até a depressão passar, fase de continuação até 6 meses após a depressão ter terminado e fase de manutenção até três anos para prevenir o relapso.
A medicação tem resultados durante a fase crítica da depressão porque permite adquirir estabilidade psicológica para conseguir enfrentar o dia-a-dia, no entanto, a medicação antidepressiva trata apenas os sintomas e deveria ser complementada com processos terapêuticos para o individuo fomentar ferramentas para aprender a lidar com os desafios do dia-a-dia e curar a causa inerente à depressão. Na realidade, o processo terapêutico é perspetivado como uma estratégia mais eficaz para obter resultados a longo-prazo exatamente porque foco é a causa do problema e não os sintomas.
Os protocolos terapêuticos de mindfulness – Mindfulness para Redução de Stress e Desenvolvimento Emocional (Mindfulness-Based Stress Reduction - MBSR) e Mindfulness baseado em Terapia Cognitiva (Mindfulness-Based Cognitive Therapy - MBCT) têm demonstrado excelentes resultados neste âmbito.
O MBSR tem sido avaliado cientificamente de uma forma consistente e rigorosa demonstrando resultados muito positivos na redução de sintomas de depressão, assim como stress e ansiedade e o MBCT revela-se muito positivo na prevenção de relapso. Estudos demonstram que estas alterações estão presentes não apenas a nível sintomático, mas também nível neurológico onde se observam alterações em áreas do cérebro associadas à regulação emocional, atenção, resiliência, emoções positivas entre outros, as quais refletem um "cérebro mindful".
O mindfulness dá-lhe ferramentas para trazer atenção plena, curiosidade, gentileza, aceitação, confiança e perseverança perante o que surge em cada momento do seu dia - sem resistência, sem reação – apenas uma curiosidade aberta e recetiva para notar o que está presente na sua experiência. Aprende a lidar com as suas emoções e pensamentos ruminativos associados aos processos de depressão, a ver a verdadeira natureza desses pensamentos sem permitir que estes o afundem em emoções negativos de tristeza e desespero.
Ao participar nos programas terapêuticos de MBSR/MBCT ou numa terapia individual baseada no mindfulness e aceitação (também conhecidas como terapias cognitivas comportamentais de terceira geração) vai fomentar uma maior consciência perante a sua vida e mudar a forma como lida com os desafios que surgem – muda para um registo construtivo e adaptativo que lhe permite lidar com flexibilidade perante os momentos de maior exigência emocional e mental.
Mindfulness: um caminho para a felicidade!
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Intervenções Mindfulness para a Depressão
A depressão é caracterizada por uma alteração de humor e perda de interesse e prazer pelas atividades do dia-a-dia pelo menos durante duas semanas. Estas alterações têm também um impato a nível físico e psicológico que se poderão expressar em variadíssimos sintomas e que variam de pessoa para pessoa – estes podem incluir má qualidade do sono, insónia, perda de apetite, dificuldades de concentração e memória, cansaço mental, sentimento de desespero, em alguns casos pânico e ansiedade entre outros.
A percentagem de casos de depressão aumenta significativamente todos os anos, assim como a utilização de antidepressivos para tratar a depressão. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 a depressão será o segundo maior problema de saúde a nível mundial. No nosso país concretamente assistimos a um aumento da depressão em todas as faixas etárias desde o início da crise económica.
Paralelamente, estudos demonstram quanto mais vezes se experienciar episódios de depressão maior será a probabilidade de estes voltarem a ocorrer, mais concretamente, existe uma probabilidade de 70 -80% de haver um relapso para as pessoas que tiveram mais do que um episódio de depressão na vida.
Face esta realidade torna-se cada vez mais imperativo encontrar medidas para prevenir a depressão de ocorrer, tratar as causas que estão por base da depressão quando esta ocorre e fomentar a redução de relapso de depressão para os que já experienciaram episódios das mesmas durante a sua vida.
Os tratamentos medicamentosos contemplam estas estatísticas e os pacientes normalmente são medicados para um tratamento em três fases: fase aguda que se mantém até a depressão passar, fase de continuação até 6 meses após a depressão ter terminado e fase de manutenção até três anos para prevenir o relapso.
A medicação tem resultados durante a fase crítica da depressão porque permite adquirir estabilidade psicológica para conseguir enfrentar o dia-a-dia, no entanto, a medicação antidepressiva trata apenas os sintomas e deveria ser complementada com processos terapêuticos para o individuo fomentar ferramentas para aprender a lidar com os desafios do dia-a-dia e curar a causa inerente à depressão. Na realidade, o processo terapêutico é perspetivado como uma estratégia mais eficaz para obter resultados a longo-prazo exatamente porque foco é a causa do problema e não os sintomas.
Os protocolos terapêuticos de mindfulness – Mindfulness para Redução de Stress e Desenvolvimento Emocional (Mindfulness-Based Stress Reduction - MBSR) e Mindfulness baseado em Terapia Cognitiva (Mindfulness-Based Cognitive Therapy - MBCT) têm demonstrado excelentes resultados neste âmbito.
O MBSR tem sido avaliado cientificamente de uma forma consistente e rigorosa demonstrando resultados muito positivos na redução de sintomas de depressão, assim como stress e ansiedade e o MBCT revela-se muito positivo na prevenção de relapso. Estudos demonstram que estas alterações estão presentes não apenas a nível sintomático, mas também nível neurológico onde se observam alterações em áreas do cérebro associadas à regulação emocional, atenção, resiliência, emoções positivas entre outros, as quais refletem um "cérebro mindful".
O mindfulness dá-lhe ferramentas para trazer atenção plena, curiosidade, gentileza, aceitação, confiança e perseverança perante o que surge em cada momento do seu dia - sem resistência, sem reação – apenas uma curiosidade aberta e recetiva para notar o que está presente na sua experiência. Aprende a lidar com as suas emoções e pensamentos ruminativos associados aos processos de depressão, a ver a verdadeira natureza desses pensamentos sem permitir que estes o afundem em emoções negativos de tristeza e desespero.
Ao participar nos programas terapêuticos de MBSR/MBCT ou numa terapia individual baseada no mindfulness e aceitação (também conhecidas como terapias cognitivas comportamentais de terceira geração) vai fomentar uma maior consciência perante a sua vida e mudar a forma como lida com os desafios que surgem – muda para um registo construtivo e adaptativo que lhe permite lidar com flexibilidade perante os momentos de maior exigência emocional e mental.
Mindfulness: um caminho para a felicidade!
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